Regina Favre

Breve biografia de Regina Favre:

Regina Favre é formada em Filosofia pela PUCSP, psicoterapeuta, educadora e pesquisadora independente. Integra a primeira geração da terapia política do corpo no Brasil nos anos 1970. Identificada com a contracultura e o alternativo, descobriu o caminho do corpo com José Angelo Gaiarsa. Teve sua iniciação como terapeuta reichiana em Londres. Cultivou o campo corporalista no Curso Reichiano do Instituto Sedes Sapientiae que fundou com Anna Veronica Mautner em 1976 e no Instituto Ágora com Liane Zink, durante os anos 1980/90. Nesse mesmo período, no encontro com Felix Guattari através de Suely Rolnik, coloca em questão a utilidade da Psicanálise para a compreensão do corpo vivo e em ação, embora nunca tenha deixado de viver uma análise pessoal com diferentes psicanalistas nos quase 30 anos que se seguiram.

Em 1986 encontra em Stanley Keleman com quem se manteve em contato pessoal e profissional até 2005, o conceito de corpo como um contínuo processo de produção de si dentro do acontecimento o que marca sua diferença com todas as outras abordagens do corpo presentes no campo. Cuidou da tradução de todos os seus livros para o português para a Editora Summus. Nessa década cultiva o Centro de Educação Somática-Existencial onde, juntamente com Ana Lucia Rocha, elabora a primeira formulação do corpo como parte de ecologias físicas, afetivas e sociais criando uma visão política do pensamento formativo de Keleman para nossa realidade brasileira. Levou essa tensão adiante até a ruptura com o campo kelemaniano em 2007.

Em 2002 fundou o Laboratório do Processo Formativo onde segue cultivando, com alunos e diferentes colaboradores, dispositivos de clínica, educação, pesquisa audiovisual e publicação digital sobre esse corpo subjetivo que é dotado do impulso biológico de formar a si, amadurecer para a realidade de ser parte de processos coletivos e cultivar a potência de gerar a diferença.

Publicações:

• vídeos e textos neste site;
• artigos para diferentes revistas: Cadernos da Subjetividade (Núcleo de Pesquisas da Subjetividade da PUC-SP), revista IDE (Sociedade Brasileira de Psicanálise), Cadernos Reichianos (Instituto Sedes Sapientiae), revista Interfaces(UNESP);
• filme longa-metragem, Memória do Ácido que roteirizou e dirigiu (2017);
• o livro Fragmentos de uma vida de Anna Veronica Mautner (Editora Ágora) que concebeu e organizou (2018).