“Essa clínica formativa tal como a pratico constitui um ato físico de presença com sentidos precisos. A presença clínica exige limpidez e precisão em sua expressão. A prática clínica é um modo de cultivar a própria vida e a vida dos que nos pedem cuidado. Pedem cuidado porque os próprios recursos não estão dando conta de prosseguir, e isso gera sofrimento. A vida pedindo passagem tem esses alarmes.
“Não vamos falar só de cuidado, mas desmembrar essa ação em muitas outras, tais como estar atento, ocupar-se, ceder seu tempo, conversar sobre as questões dessa pessoa ou grupo, olhar, observar, ouvir, entender, imaginar o que cada um vive, interessar-se, compreender como aquele corpo com seu modos de estar no mundo foi construído por uma história de ações contínuas, como esse corpo é produtor de modos e comos, alguns que funcionam e outros que não funcionam, cartografar junto os mundos e a situação presente em que aquele corpo está inserido, desenhar para a pessoa seu corpo com seus esquemas de funcionamento excitatório atual em face dos outros corpos e situações, buscar junto a arqueologia do desenvolvimento daquele corpo, imitar, posturar junto, espelhar, pedir licença para tocar, mostrar com as mãos a consistência dos tecidos daquela estruturação subjetiva, repetir tudo todo o tempo, respeitar limites, não invadir nem exibir poder, manter-se na alteridade. Cada verbo traz consigo a forma e a modulação anatômica de cada comportamento.” (Do Corpo ao Livro – Regina Favre – Editora Summus)
Sempre no primeiro sábado de cada mês das 14h às 17h.
Inscrições e entrevista com Regina Favre : +5511994881700
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