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Laboratório do Processo Formativo
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Browse: Home / 2010 / outubro / Rodrigo corpando a agregação dos tecidos

Rodrigo corpando a agregação dos tecidos

Rodrigo – hoje cheguei aqui no pior estado.. o que eu chamo de articulações soltas, porque é comum já em mim e de muito tempo… eu sinto que todas as minhas articulações estão flutuando e como balão podem se dispersar a qualquer momento… e não encaixam… é horrível…é um distanciamento de tudo…

Regina – e como as carnes se organizam?

Rodrigo – não tem, só ossos e articulações soltas… às vezes eu passo dias assim…

Regina – levante para começarmos uma construção a partir dos ossos…

Rodrigo – (levanta) estão todos flutuando.

Regina – a gente vai trabalhar músculos, articulações, tendões e ossos…

Regina – levanta o seu peso pelos braços… vai trazendo…
Rodrigo – (senta e levanta)…

Regina – e vai você arrear seu peso… lentamente…. o seu próprio peso, a sua estrutura…

Rodrigo – vai dando um calor absurdo, é uma combustão…

Regina – vai experimentar os músculos usando o oxigênio para fazer esse serviço…

Rodrigo – vertigens todas…

Regina – vamos experimentar as vertigens e deixar as vertigens te envolverem…vai ser movido na sua estrutura pela vertigem…. (Thais co-corpa levantando …)

Rodrigo – posso tirar a blusa?

Regina – vê se a vertigem está aí…

Rodrigo – agora estou mais firme… os balões já não são mais balões…

Regina – você sabe como vai parar nesse lugar sem músculos e com ossos soltos?…

Rodrigo – é um caminho longo, vários acontecimentos vão gerando isso… tem a ver com sair de mim, me perder fora nas coisas todas…

Regina – agora apareceu uma cara que eu não tinha visto ainda…

Rodrigo – agora estou aqui, ouvindo, sentindo as pessoas…

Regina – vê que peso tem isso … (joga uma caneta para Rodrigo…)

Rodrigo – nenhum…muito pouco…

Regina – vê se tem diferença da mão que está vazia e da mão que tem caneta… experimente como os músculos fazem um ajuste fino para interagir com o peso da caneta ou para agir sem carregar nenhum peso…
deixa uma mão quieta, a mão sem o peso, e você vai fazer algumas coisas e ver como esse peso vai chamando uma pequena diferença…
essa pequena diferença vai se introduzindo e você começa a fazer algo um pouquinho diferente… uma pequena mudança no conhecido…
veja como isso afeta o tônus das suas pernas, o tônus da sua barriga, da sua língua, dos seus pés… vá captando esse pequeno pulso….
o tônus das suas costas, do seu ombro, o tônus dos seus ombros, veja como os músculos vão vestindo cada vez melhor os ossos…

Rodrigo – a cada movimento de braço e mão, tudo sai do lugar e encontra outro lugar…

Regina – a gente está conversando de camadas, de tecidos, de mesoderma, de endoderma, a gente está trazendo aqui a nossa gramática…
agora, muda a caneta de mão… comece a experimentar o peso com a outra mão. Veja que tem uma pequena resposta da gravidade, um pouquinho diferente,a form a como um todo responde à gravidade com um pequeno acréscimo de peso… 10 gramas no máximo.
Com essa canetinha a sua estrutura ficou 10g mais pesada e tem uma resposta diferente, veja como a musculatura ao longo da evolução selecionou resposta finas para fazer face a entropia.

Rodrigo – agora veio uma sensação ótima de enraizamento… era o que estava faltando…

Regina – a sensação de estar, de brotar… que maravilha… da força da gravidade que te suga para a terra…

By Regina Favre on 5 de outubro de 2010

Categorias: o que faço
Tags: biodiversidade subjetiva, exercicio formativo

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